quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Antecipando desejos: o que os consumidores brasileiros esperam das marcas – Paulo Al Assal – Voltage


O palestrante iniciou pontuando o que faz a empresa dele – analisa o comportamento do ser humano. Foi feita uma pesquisa no Brasil para analisar a relação das pessoas com as marcas. Segundo Paulo, foi usado o “quadrado cultural” como base da metodologia, a saber:
·         Observar – etnografia, monitoramento de tendências, entendimento do mercado e do negócio do cliente
·         Interagir – entender e levantar os desejos do ser humano
·         Refletir – fechar e estruturar as informações
·         Interpretar – trazer as recomendações das pesquisas
Foi apontada a tendência de “brandtocracies” – nova relação de consumo, pautada em transparência, conversação e colaboração.
Pesquisa Brand ID. Quantitativa e qualitativa. Envolveu criadores e disseminadores de tendências, público em geral e a Voltage Ville (grupo de jovens conectados que atuam em diversas carreiras. Possuem alto poder influenciador e crítico).
Alguns dados apontados como resultados desta pesquisa:
  • O que as pessoas esperam de uma marca: que seja amiga (42%), econômica e pessoal
  • O que falta nas marcas: honestidade (62%), transparência, confiança
  • Quem mais influencia na decisão de compra: amigos e parentes (83%), colegas de trabalho, TV
A pesquisa aponta uma inversão de valores no sentido de as pessoas se mostrarem mais preocupadas com o bem-estar e felicidade. Quando indagados sobre o que mais preocupa na vida, 59% dos entrevistados respondeu “procurar/ continuar no meu emprego”.
Há uma clara com conclusão, também, de que as pessoas não associam valores humanos às marcas.
Especificamente na parte qualitativa da pesquisa, as marcas são apontadas como instituições. E podem ser vistas como “pessoas”. Mas é necessário ter transparência, sem demagogia.  Poucas marcas na pesquisa foram apontadas como “amadas”. A única verdadeiramente amada, segundo os dados apresentados, foi a Apple. Uma das frases colocadas pelos pesquisados foi “quem ama uma marca é um consumista desenfreado”.  As marcas podem, sim, ser admiradas e próximas aos consumidores, mas a aderência transcende o comercial. As marcas precisam ser vivas e conectadas na vida dos consumidores, e precisam respeitar a opinião dos mesmos. Os consumidores hoje tem ciência de seu poder, e sabem que as marcas é que tem que se adaptar ao seu modo de vida, e não o contrário.
A recomendação final é: conversação, colaboração e criatividade. Cultive fãs e amigos, mais que clientes e consumidores. A relação entre marca/consumidor deve ser próxima e transparente.
O tema da palestra é totalmente atual, pertinente e de extrema importância para nós, publicitários, que ajudamos nossos clientes a construírem e manterem a relevância de suas marcas, todos os dias.

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